09 outubro 2010

Soneto aos Últimos Momentos (para Franz Schubert)

saíste dos solares das auroras
direto aos teus ocasos iminentes
anoiteceu em tudo o que tu sentes
tragédias sussurraram em tuas horas...

o sonho de mais vida te devora
quanto mais ao sublime vais em frente
há morte nos avisos que pressentes
e arcanjos em segredo vão embora...

deixaste um véu no teu gênio profético
alheios à fama os sopros fatais
mas há oculto no teu cântico hermético

e em fúnebres marchas de altos sinais
o hino em dó de um catastrófico épico:
és um homem para os Grandes Finais.

15 comentários:

  1. Fantástico, um soneto denso, profundo, misterioso. Digno da música de Schubert. parabéns! Abraços.

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  2. Esse tb seu? Nossa! queria saber escrever assim, parabéns.

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  3. Penso que Schubert comporia uma partitura inédita...inspirada neste soneto MAGNÍFICO!
    Beijo
    Graça

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  4. Magnífico, meu querido!
    Absolutamente digno do grande Schubert.
    Parabéns!
    Receba, amigo, um abraço todo entremeado de gratidão pela visita que me fizeste.

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  5. Meu querido
    Simplesmente maravilhoso...divino.

    Beijinhos
    Sonhadora

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  6. Forte... porem singelo.

    Muito bonito esse soneto. Parabéns!

    Beijos sangrentos da vampira Laysha.

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  7. Se pudéssemos ter alguns finais, talvez mudássemos alguns meios e começos, seria bom...
    Teu blog é um encanto!

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  8. Soneto impecável, a leitura nos enleva. Altíssima qualidade, Alessandro!

    Abraço!

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  9. Bello soneto escrito con letrasnotas de un pentagrama sagrado!
    Mi admiración y respetos.

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  10. eu poderia falar que tal terceto esta melhor mas não dá.. tudo deslumbra.

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  11. Reiffer,
    Muito bons seus versos, com o seu signo sempre presente. E, tornado especial ao ser dedicado a Schubert (dos Liedes sempre oportunos).

    Abraços

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