28 agosto 2010

Soneto ao Tempo

deixa que passe o que de mim se corre
verás então que cada vez mais rápido
cada vez mais o que se bebe ao trágico
é todo um sonho em correnteza em porre...

deixa que esguiche e que de mim se jorre
tudo que sinto ao cada vez mais ávido
verás então que é cada vez mais válido
este meu Fim que a outro Fim socorre...

verás ao não como ocultei meu lago
com som de pulso este meu sim pressago
inundará tudo o que em ti derrama...

o teu dormir eu sempre sou que trago:
quando se dorme o sangue queima em chama
quando se morre o rio de Deus se inflama...

7 comentários:

  1. Urgências de amar.
    Uma obra prima este soneto.
    Nas horas em que jorra o amor, o tempo deveria parar.

    Belo!

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  2. De fato, uma obra prima! Belo, profundo, expressivo, impregnado de enigma e de musicalidade. Parabéns!

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  3. "quando se dorme o sangue queima em chama"

    profundo... absoluto!

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  4. Incrível soneto, quantas sensações provoca!

    Grande abraço.

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  5. Meu querido Poeta
    Profundo, sensações à for da pele.
    Sente-se apenas.

    Beijinhos
    Sonhadora

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  6. adorei o fim desse soneto...

    indescritível, é o que posso falar.

    http://terza-rima.blogspot.com/

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