verás que o ser de tudo que é
não é aquilo que demonstra ser,
o ser das coisas
não é o que elas são...
vê mais fundo
no alto fundo que não se olha
e verás que por trás do todo
há um outro outro além de tudo...
o que se mostra
não é o que está ali,
ninguém vê o que olha:
o que está ali
não pode ser tido como estado...
o que sabes não é o que conheces,
o tudo que pensas saber
é aquilo que há em ti
mas não em teu ser,
o que há em teu ser
talvez agora esteja longe
e esse longe talvez seja o real...
há sempre outro verso
em tudo que é reverso:
verás que quanto mais com a luz
universares pelo escuro
mais começo e fim
verás em faces a existirem...
nem tu és o que és:
teu eu não é teu ser,
talvez teu eu agora seja noutro abismo,
como um sismo,
talvez teu ser então te chame mais acima,
noutra rima...
Tem emoticon de reverência aqui?
ResponderExcluirPara se chegar ao ser das coisas...
ResponderExcluiré preciso muita suspensão...
Adorei suas palavras...
beijo
Leca
Dizer que o que escreves é bom, é muito pouco de minha parte, eu realmente adorei.
ResponderExcluirA poesia ou poema, ao contrário, de um conto ou crônica, deixa sempre algo por dizer ou diz tudo em miúdas palavras.
ResponderExcluirHá sempre um mistério.
Confunde o leitor e fomenta uma emoção calada, mas gritante.
Amo tudo isto!
Parabéns, amigo
Meu carinho,