28 fevereiro 2010

Ao Fim do Pampa


quero-quero vasto que me olha denso,
o que é que alarma no teu sino antigo?

pampa que crepúsculas,
não te sones antes que eu me vide...

folha de angico que te nervas sopro,
o que é que julga na tua chama acesa?

pampa que te noites,
não te lues antes que eu me ocase...

sanga que adaga em todo um céu de chumbo,
o que é que marcha no teu grito frio?

pampa que te sangues,
não te doenças antes que eu me febre...

coxilha em cosmo que me fúria um sonho,
em quais sentenças é que te levantas?

pampa que te fins,
não te mortes antes que eu te ame...

3 comentários:

  1. "...pampa que te fins,
    não te mortes antes que eu te ame..."

    Lindo! Honrado! Digno!Especialmente esse final!

    Beijos poeta,

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  2. Se existe a tal inveja branca, estou dela agora tomado! rs

    Reiffer, adorei a forma como vc construiu seus versos, as palavras, que, num primeiro momento até deixam confuso, mas é tão curtinho esse momento, que logo a gente entende direitinho o que se quer dizer!

    Se existe a tal inveja branca, estou dela toma agora! rs

    Com admiração,

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