quem busca a felicidade
jamais a encontra
e muito menos a encontra
quem a encontra na busca
a felicidade não se busca
porque não pode ser buscado
o que não está em um ponto
a ser alcançado
quem alcança o ponto almejado
logo vê o outro ponto mais adiante
e naquele ponto visto e não-chegado
mora a felicidade imaginada
e delirante
quem feliz futilmente se julga
apenas um largo gole de vinho
traga:
segura uma vela de chama fugaz
que a primeira ventania
fatalmente apaga
a felicidade
é como para o colecionador
o ato de encontrar
um raro selo:
só dura o momento do ato
só pode ser feliz
quem sabe que não pode sê-lo
de fato
Mais uma vez, você encerra o poema de maneira extraordinária.
ResponderExcluirConcordo com vc.
ResponderExcluirFelicidade não se busca, se sente,
ResponderExcluirdiuturnamente.
Poema extraordinário, como disse Froilam, do fim pro começo ou seria do começo pro fim. Todo ele, com certeza.
Parabéns poeta, a cada dia gosto mais do espaço...
beijos