23 agosto 2009

Soneto Oculto

um vulto de fim subiu-me nos lábios
e de mais vultos surgiram mais vultos
e todos vultos sangrarem-me juntos
disse que um vulto afundou-me nos lagos

três vultos de não beijaram pressagos
fúnebres danças de vultos sepultos
ciclones de vulto aos meus graves cultos
faquearam meu sonho a vultos já vagos

vulto de amor martelou minhas rosas
só vulto fitei erguendo teu véu
fêminos vultos em crises chorosas

vulto em loucura levou-me dos teus
mas vulto-nada em desgraças de prosas
desejos gritou de um vulto que é Deus

5 comentários:

  1. Muito criativa e original a forma como tu desenvolveste este soneto. Impressiona a maneira como tu sempre consegues ser sombrio e dramático sem nunca perder a elegância e musicalidade de teus versos.

    André Vieira

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  2. Fúnebres danças de sepulcros, magistral essa sua poesia adoreio msm
    Blog Man in the Box

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  3. muito oculto mesmo. algo sepultado no meio desse poema, nos paralisa, assusta e nos diz que é mesmo uma obra.

    Blog Suicide Virgin

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  4. E els estão aí vestids de fantasmas, mergulhads no Ser

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