Com uma febre demoníaca, caminhei alucinado até o meu jardim que há pouco, há bem pouco, fora devastado por um furacão, arranquei as raras rosas que restaram, martelei-as até que sangrassem, sem nenhuma compaixão. E o sangue fino que escorreu de suas pétalas dilaceradas, eu o esmaguei entorpecidamente entre os meus dedos inflamados.
Gotejando meu sangue doente e virulento, com os olhos ferventes e derramados de líquidos sanguinosos, como o sol maléfico dos desertos tropicais, saí pelas ruas imundas insanamente decidido a buscar a morte indistinta. Chutei todas as pedras do caminho, e elas não feriram os meus pés quase descalços, com unhas de lobo. Gradativamente, meus dentes cresciam e gotejavam uma hedionda saliva férvida de ódio e impregnada da minha sede ardente de sangue. Ao cair sobre o chão corrompido, as gotas ácidas e febrentas da minha saliva queimavam as gramas ressecadas.
As lágrimas secaram em meus olhos, e meus cabelos desgrenhados revoltavam-se ao vento quente das tempestades iminentes... Relâmpagos e trovões sentenciavam os horizontes sem paz. Nas atmosferas carregadas, a luz dos raios era a única que existia, a única que irradiava alguma esperança ao meu coração roído por venenos. Era a esperança do Fim. Os venenos fatais que percorriam céleres as minhas veias explodidas alimentavam o meu horror. Eu arrastava meu pesado manto negro por todos os lugares degenerados do planeta em asfixia, deixando fundos sulcos de infortúnios em meus caminhos malditos.
Ribombares lôbregos de trovões densos de aflições ecoavam como estertores mortais de um réquiem agonizante pelos ares infestados de tristeza. O meu olhar transtornado mantinha-se firme nos horizontes ameaçadores, de mortiças cores arroxeadas e rubras, mantinha-se firme, forte e decidido o meu olhar, como o do condenado que caminha imperturbável ruma à forca, como em um desafio ao meu destino absurdo. Cresciam as unhas de meus dedos e se tornavam pontiagudas, pontiagudas como o desespero de minha alma com as asas tostadas.
Ouvia berros indizíveis nos meus ouvidos, como se o inferno fosse se abrindo a cada passo que minhas pernas possantes davam por entre a desolação do ambiente impuro. O fogo tempestuoso das minhas esperanças crestadas e carcomidas uma a uma, assomava triunfante pelo infinito da minha desgraça.
Alguns miseráveis seres humanos intentavam inutilmente dizer-me coisas inúteis aos meus ouvidos exauridos. Eu cuspia um catarro espesso, férvido e sangrento no rosto hipócrita de todos eles. Eu não mais necessitava de verdades mentidas, ainda mais por esses humanos acabados. Ninguém impediria o meu avanço infernal.
A fúria assassínia em meus olhos propagava-se a distâncias colossais, como se eu fosse um titã de sinistras mitologias. Batidas frenéticas de arautos diabólicos esmagavam tudo o que surgia à minha frente. O céu, impassivelmente negro e tumultuado por vendavais que a tudo curvavam menos a mim, pesava-me em insânia nas minhas costas que a tudo suportavam.
Uma sensação anômala de ocaso devastou-me o peito já há muito devastado. Eu já havia percorrido quilômetros por entre o triunfo do horror e da morte, e meu tamanho tornou-se tão imenso que, em uma velocidade mórbida e canhestra, eu conseguia retirar de forma cada vez mais brutal meus pés do lodo purulento de vermes e porcos humanos. A destruição absoluta era meu rastro.
Uma essência azul de um resto de amor inútil ainda cintilava em meu interior funestamente massacrado sem a mínima misericórdia. Assassinado de angústias e decepções, com minhas garras de tigre esfomeado, eu extirpei essa essência oprimida e a ergui aos céus congestionados em um retumbante brado gutural de eterna inconformidade avassaladora. Eu odeio infinitamente quem me criou. Quem me criou foi a Humanidade. E eu terei dela a minha Vingança.
Gotejando meu sangue doente e virulento, com os olhos ferventes e derramados de líquidos sanguinosos, como o sol maléfico dos desertos tropicais, saí pelas ruas imundas insanamente decidido a buscar a morte indistinta. Chutei todas as pedras do caminho, e elas não feriram os meus pés quase descalços, com unhas de lobo. Gradativamente, meus dentes cresciam e gotejavam uma hedionda saliva férvida de ódio e impregnada da minha sede ardente de sangue. Ao cair sobre o chão corrompido, as gotas ácidas e febrentas da minha saliva queimavam as gramas ressecadas.
As lágrimas secaram em meus olhos, e meus cabelos desgrenhados revoltavam-se ao vento quente das tempestades iminentes... Relâmpagos e trovões sentenciavam os horizontes sem paz. Nas atmosferas carregadas, a luz dos raios era a única que existia, a única que irradiava alguma esperança ao meu coração roído por venenos. Era a esperança do Fim. Os venenos fatais que percorriam céleres as minhas veias explodidas alimentavam o meu horror. Eu arrastava meu pesado manto negro por todos os lugares degenerados do planeta em asfixia, deixando fundos sulcos de infortúnios em meus caminhos malditos.
Ribombares lôbregos de trovões densos de aflições ecoavam como estertores mortais de um réquiem agonizante pelos ares infestados de tristeza. O meu olhar transtornado mantinha-se firme nos horizontes ameaçadores, de mortiças cores arroxeadas e rubras, mantinha-se firme, forte e decidido o meu olhar, como o do condenado que caminha imperturbável ruma à forca, como em um desafio ao meu destino absurdo. Cresciam as unhas de meus dedos e se tornavam pontiagudas, pontiagudas como o desespero de minha alma com as asas tostadas.
Ouvia berros indizíveis nos meus ouvidos, como se o inferno fosse se abrindo a cada passo que minhas pernas possantes davam por entre a desolação do ambiente impuro. O fogo tempestuoso das minhas esperanças crestadas e carcomidas uma a uma, assomava triunfante pelo infinito da minha desgraça.
Alguns miseráveis seres humanos intentavam inutilmente dizer-me coisas inúteis aos meus ouvidos exauridos. Eu cuspia um catarro espesso, férvido e sangrento no rosto hipócrita de todos eles. Eu não mais necessitava de verdades mentidas, ainda mais por esses humanos acabados. Ninguém impediria o meu avanço infernal.
A fúria assassínia em meus olhos propagava-se a distâncias colossais, como se eu fosse um titã de sinistras mitologias. Batidas frenéticas de arautos diabólicos esmagavam tudo o que surgia à minha frente. O céu, impassivelmente negro e tumultuado por vendavais que a tudo curvavam menos a mim, pesava-me em insânia nas minhas costas que a tudo suportavam.
Uma sensação anômala de ocaso devastou-me o peito já há muito devastado. Eu já havia percorrido quilômetros por entre o triunfo do horror e da morte, e meu tamanho tornou-se tão imenso que, em uma velocidade mórbida e canhestra, eu conseguia retirar de forma cada vez mais brutal meus pés do lodo purulento de vermes e porcos humanos. A destruição absoluta era meu rastro.
Uma essência azul de um resto de amor inútil ainda cintilava em meu interior funestamente massacrado sem a mínima misericórdia. Assassinado de angústias e decepções, com minhas garras de tigre esfomeado, eu extirpei essa essência oprimida e a ergui aos céus congestionados em um retumbante brado gutural de eterna inconformidade avassaladora. Eu odeio infinitamente quem me criou. Quem me criou foi a Humanidade. E eu terei dela a minha Vingança.
Nossa! Que cenário pesado se criou neste belo escrito, heim? Chega ser horrível quando se está no meio do texto. Ademais, é um lindo escrito, que ainda não vi outro alguém dizer com tanta sinceridade como tu. Um abraço.
ResponderExcluirTudo que você escreve tem poesia. Uma poesia gostosa de se ler. Cenários pesados, como disse o Marcus, mas que nos fazem viajar até mesmo ao nosso interior.
ResponderExcluirTe dar os parabéns novamente já tá ficando chato rs
Abraços horripilantes