02 junho 2024

No Dia em que fui Poeta

a Lua é minha pastora 
e tudo em mim sentirá 
as tuas mais fatais essências
nas febres busco 
sem destino  me desfaço  
como quem em urgência 
bebe uma taça de vinho em pânico
eu sempre passo
às margens do tenso
e sei de cada lágrima 
nos teus cílios 
toco meus dedos 
pelas cicatrizes noturnas
vou ver-se sonho a versar 
só pelo que névoas 
cair neblinas em tudo 
que me sona aos lábios
e então me durmo e viajo 
pelo que nem dia
tanto o amor é divino 
que mal se sabe de tudo
e mergulhei-me nas árvores
vi aves que vinham voar lá nos vales
e Deus me olha 
como se eu fosse lago
mas só inverti as letras 
de não ser algo.


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