sim o meu Ser ainda vive
nada se impõe ao meu Ser.
que proclamem as cruzes da estrada
que se ergam as almas penadas
que flamejem as asas das fadas
se ainda estou no meu Ser.
nada se impõe ao meu Ser.
que proclamem as cruzes da estrada
que se ergam as almas penadas
que flamejem as asas das fadas
se ainda estou no meu Ser.
sim o meu Ser ainda vibra
e nada bate o meu Ser.
que desabem as noites imensas
que levantem as músicas densas
que extremem as almas intensas
se ainda sentem o meu Ser.
sim o meu Ser ainda canta
e nada abate o meu Ser.
que trombetem as glórias dos corvos
que sonatem os longes dos mortos
que vaporem os sangues dos corpos
se ainda é vasto o meu Ser.
sim o meu Ser ainda é grande
e nada vence o meu Ser.
que espadem os anjos de Marte
que sublimem os gênios da arte
que te diga o que eu for falar-te
se ainda Sou o meu Ser.
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