24 dezembro 2019

Algo de Chopin

algo que fosse apenas Noite
sem deixar de se tornar
no jamais deixar de sê-la
e o sonho fosse estar vivo
entre o que de noturno meu ver deseja
longe de toda estas manhãs
estas manhãs de ações inúteis
de se fazer acontecer
em que só o não é que acontece

noturnos sem amanheceres
sem trabalhos que a nada levam
sem balbúrdias de humanos vácuos
de lá pra cá de cá pra nada
sem problemas de homens de bens
no seu mundo que anda
ao abismo
nas suas ruas sem sentidos
por suas vidas sem caminhos
quem me dera nunca iniciasse
o (não)sol das manhãs não minhas

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