a minha poesia
é minha:
cada um é cada um
e desses
eu não sou nenhum.
se é faz de conta
sem um conto
vão de hospício
ou tudo em vão
é problema meu:
como se as coisas
que os outros fazem
fossem levá-los
até o céu.
a minha poesia
não dá explicação
e nem faz o que esperam dela.
e o tempo sopra
e apaga de todos a vela.
que minha poesia
não seja nem cela
(daquelas presas em regras)
nem sela
(daquelas que alguém encilha).
a minha poesia
que seja só ela
e quem me dera
(ah, falta da minha estrela)
eu fosse sê-la.
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