O Grandioso Cu dos "Sábios"
I - lá vão os “sábios”
do nosso tempo
com sua baba aba(o)stada
de sabão
falam e fazem espuma
julgam quem sangra ou noite ou fuma
mas mantêm firmes
enquadrados no sofá
os limites ilimitados
do ser cuzão
II – lá vão os "sábios"
posudos podados peidados
de tanto manuais cartilhas e bulas
solenes sensatos e pulhas
com algemas correntes cadeados
para prender a vida
nas suas (mori)bundas
e ensinar a quem vive
como se deve viver
e por fim lhe dizer:
“eu não tenho razão?”
III - lá vão os “sábios”
(que mal conhecem
o perfume dos lábios...)
para colocar o ser
a consciência o cosmos
num rodapé de página
dos seus alfafarrábios
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