o homem
é antes de tudo
homicida:
de início
no desejo de ser o único
matou o próximo
depois
no desejo de tudo explicar
matou o mágico
no desejo de tudo tocar
matou o onírico
no desejo de ter o planeta
matou o anímico
no desejo de poder ver a tudo
matou o espírito
e por fim
no desejo de ser o único
matou o cósmico
agora sobrou só o (des)homem
que é antes de tudo
suicida
*Poema reelaborado republicado.
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