entre
o haver da noite
o que há por trás do entre
do ventre da mata
que a manhã
desentranha e mata?
é isso talvez que me alta:
ver que o que há
vai em frente
numa cósmica noite
mais longa mais vasta
e os entes
que no atrás da mata
não existem
para os que nunca
entreveem
trago entre meu ser
como quem não traga
entre nada
e nem pode deixar-me
que nem deixo o entre
do que for alma
(Na imagem, o quadro "Noite Estrelada sobre o Rhone", de Van Gogh)
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