16 julho 2015

Sartori penaliza Funcionalismo Público, mas nada faz contra Sonegação Fiscal

O governo de Sartori já completou meio ano de absolutamente nada, ou melhor, antes fosse só de nada. Além de não ter efetivado uma única medida que favoreça a população gaúcha, vem sistematicamente penalizando o funcionalismo e os serviços públicos de uma forma que beira o absurdo e a desumanidade (se é que já não os atingiu). Por fim, como sempre, quem paga a conta é a sociedade, que verá o sucateamento progressivo de serviços fundamentais, como Educação, Saúde e Segurança.

Esta semana, a Assembleia Legislativa aprovou por 31 votos contra 19 o congelamento dos salários dos servidores estaduais, proposto por Sartori. No entanto, nosso governador, antes disso, não titubeou em aprovar o aumento de seu próprio salário, de seu vice, secretários, deputados e de arranjar um cargo de alto escalão para sua esposa. E, o que é ainda pior, enquanto promove o arrocho salarial do funcionalismo, não estabelece uma só medida efetiva contra a Sonegação Fiscal. Alguém sabe qual é o tamanho do prejuízo para os cofres do estado ocasionado pela sonegação? São números milionários, todos os meses. Mas quem paga a conta são os servidores estaduais e a sociedade. Por quê?


Como escreveu Antônio Escosteguy Castro no jornal digital Sul 21:


"Nem de longe o Estado do Rio Grande do Sul perdeu sua capacidade de intervir , positiva e fortemente , no processo de desenvolvimento econômico. O que de fato houve foi uma opção política e ideológica do Governo, agora formalmente enunciada naquela entrevista, em afastar-se deste cenário e concedê-lo à iniciativa privada, abrindo mão de sua capacidade de intervenção própria. 

Se é real que o Estado se encontra em crise, também o é que ainda há espaço fiscal para buscar recursos, graças à lei aprovada no final do ano passado. E há, igualmente, os recursos que podem ser buscados no reexame das isenções fiscais, reduzindo ou eliminando aquelas que não atingiram suas metas.


Acontece que Sartori não tem condições objetivas de fazer um reexame a fundo das isenções fiscais, porque é politicamente dependente dos grupos econômicos que se beneficiam destes 13 bilhões que o estado abre mão anualmente. Ele simplesmente não tem força política para fazê-lo."

Não só Sartori, mas todos os 31 deputados que aprovaram o congelamento de salários dos servidores são filhotes das grandes empresas, das grandes corporações privadas que financiam suas campanhas e depois exigem "resultados" de seus "marionetes". Porque é o que são tanto o governo Sartori quanto sua bancada de sustentação: marionetes de corporações privadas, que desejam o enfraquecimento do estado e de seus serviços para poderem assumir o seu controle através das privatizações (as quais já foram prometidas por Sartori) e da famosa "Terceirização". 


E então tais corporações implantam seus métodos de trabalho e de "progresso", que se resumem ao lucro a qualquer custo em cima da exploração do trabalhador e do descumprimento e revogação dos seus direitos. É por isso que Sartori, alegando sua fatídica "crise", instaura uma guerra contra os servidores públicos, mas não ataca a sonegação das empresas. 

Ao final de seu mandato, os dois terços de gaúchos que elegeram Sartori, iludidos por seu papo-furado de "amigo da galera", amargarão um arrependimento sem precedentes ao observar um estado sucateado e entregue à barbárie da sede de lucros da iniciativa privada. 


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