04 janeiro 2015

Corte de nomeações no governo Sartori: atitude burra e desumana

O simpático Sartori (agora nem tão simpático assim) anuncia, entre outras medidas nada simpáticas, que vai congelar nomeações. Alega, como todos sabem e como todo novo governante faz, que o estado está "quebrado". O curioso é que o gringo não fala uma palavra sequer contra o aumento do seu salário, do seu vice, dos seus secretários e dos deputados. Lembrando que sua bancada, a do PMDB, aprovou por unanimidade a aposentadoria para os nossos coitados parlamentares.

Mas vamos supor que o estado esteja na situação financeira tão grave que o Sartori alega (um pouco sempre é balela, para poder governar sem cobranças).  Ainda que esteja, congelar nomeações em áreas vitais e ainda deficitárias como Saúde e Educação é uma atitude burra, imbecil. Pior, é desumana. O governo Tarso não foi perfeito, cometeu erros, o mais grave, no meu entender, foi o não pagamento do piso do magistério. No entanto, não se pode dizer que o PT não realizou um trabalho de fortalecimento dos serviços públicos, com aumentos salariais, ainda insuficientes mas bem superior aos governos anteriores, realizando concursos e nomeando.


Agora, nada justifica o que o Sartorinho está fazendo. Os concursos abertos pelo governo Tarso não foram para ganhar dinheiro. Havia e ainda há uma real falta de professores, de profissionais de saúde, de policiais, etc, em nosso estado. E as vagas abertas ainda são insuficientes. A maior parte do pessoal que foi aprovado já foi chamado, eu sou um deles, mas ainda resta um bom número aguardando nomeação. Como devem se sentir essas pessoas que estudaram, investiram, conseguiram a aprovação e agora sabem que nos próximos meses não serão chamadas? Duvido que o sejam em 2015, talvez nem em 2016. 


Congelar nomeações em educação e saúde alegando dificuldades financeiras? Que tipo de visão lamentável é essa? Até países que foram devastados pela 2 ª Guerra Mundial continuaram investindo forte em educação (e até mais do que antes), e hoje são potências, exatamente por isso, porque investiram nos serviços públicos, principalmente em educação e cultura, e  tornaram seus povos capazes de construir e erguer grandes nações. É só conferir o exemplo de países como Japão, França, Alemanha, Itália...

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