12 setembro 2014

Não voto em Filho da Puta

Este poema escrevi quando das eleições de 2012. Reelaborei-o ano passado e agora o publico de novo. É sempre válido.


prezado
senhor candidato:
com todo respeito
vou pegar o meu voto
e enfiar no teu rabo
de rato

não me venhas
com apertadinhas de mão
podres imundas infectas
de bactérias vírus e fungos
de corrupção

no teu sorrisinho
de boca amarela e fingida
vou escarrar meu catarro
de muco sangue e saliva

não me venhas
perturbar meu sono
com tuas alegrezinhas
musiquinhas ridículas:
eu sei muito bem
quais são as alegrias
das campanhas políticas...

então queres
passeatas
carreatas
mamatas?

conchavos
conluios
canalhas?

tratados
tramoias
trapaças?

sobre a "auréola" do teu santinho
vou apagar o veneno
de um cigarro vadio...
senhor candidato
vai à puta que pariu!

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