ela se infiltra
pelas ruas e avenidas
e pelos buracos deixados
nos caminhos mesquinhos
do que foram
as merdas das nossas vidas
ela se infiltra
entre os apodrecimentos das
metrópoles
rasteja pelos corredores
em silêncios e estertores
da decadência das instituições
entre medos horrores
e alucinações
ela penetra na toca de ratos
que chamamos de tribunais
saindo de pútridas vaginas
e de vácuos sacos escrotais
exala seu cheiro úmido
como o que sai de um túmulo
no gorduroso das autoridades
e de suas supostas
desenvolmentísticas verdades
e se ouve seu mantra hipnótico
perfurando o mecânico-robótico
esclerótico coração humano..,
abrindo caminho
pelos papagaios das universidades
e lambendo com língua lisa lépida
o gosto insosso e igual
da baba de um político
e da teoria de um intelectual
ela vai formando ser círculo
cíclico
entre as máquinas das indústrias e
usinas
por escolas escritórios igrejas oficinas
quieta e lenta no desastre dos
laboratórios
enroscada
ela prepara seu bote
e o fim da picada...
Crítica sensacional!
ResponderExcluirAdorei esse texto... Cítrico!
ResponderExcluirParabéns!
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