06 dezembro 2012

da Queda


quando morreste
(não que tiveste morrido)
nem soubeste
o que houveste vivo
ou que não és o que foste
e talvez nem foste
o que em ti te morreste:
tiveste sede
e sedeste

acabou-te o olhar
no antes do acima
(per)deste-lo abaixo
aos cachos em palmo
a palmo
do sonho enterrado
errado

agora
(con)tentaste
em varrer o teu pó
(es)correm-te astros
pelo (v)entre das coxas
e vomitaste nas mesas
em podrentas certezas
as entranhas já roxas

e sorrias
como quem ainda ama
deixando à mostra
pelo céu da boca
uma pérola de ostra
e um (re)pasto de lama

e nem há arte
a falar-te

5 comentários:

  1. Lindíssimo! Sem palavras!


    Vampira lhe convida à uma visita.
    Beijos sangrentos.

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  2. Excelente, es un placer leerte.
    Te dejo un abrazo.

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  3. Há muita arte,
    por aqui.
    Diga-se de passagem.
    Excelente texto
    mesmo que me sinta
    estranho ao lê-lo,
    volto aqui, logo.
    Parabéns.

    Dan

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  4. oi Reiffer

    o jogo de palavras, essas características tão tuas estão bem evidentes nessa poesia.

    aqui sempre é fora do comum.

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  5. Olá! Tudo bem?
    Belíssimo poema, meu caro!!!
    Me diz, você gosta de séries, filminhos e livros meio drama, meio comédia?
    Pois imagine que legal tudo isso numa história só!
    Acompanhe meu blog, Next Exit , e divirta-se com a história de Layla, uma jovem de vinte e poucos anos totalmente perdida quanto ao seu futuro profissional.
    Já estamos no segundo capítulo!
    Novos posts todas as quintas-feiras às 20h.
    Depois me diz se gostou!
    Beijos

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