I
adeus poesia!
não vês
que o fim te bate a porta?
só os ainda vivos
não pensam
que tu estás morta
II
poesia
não serves para nada
sempre foste muito
para ser (f)útil
sempre foste sábia
para sermões
sempre foste alta
entre os anões
III
da tua carta
ninguém abrirá o selo.
melhor assim...
o que verdade
antes morrer
do que dizê-lo
Feito diz o Fernando Anitelli, "a poesia prevalece". Enquanto houverem senhores poetas assim como tu, a fim de lamber as palavras tão voraz e lindamente, a poesia nunca morrerá.
ResponderExcluirEu bem acredito.
Beijo!
A poesia não morre quando é assim contada em tão belos versos. Gostei imenso!
ResponderExcluirMais uma vez, o poeta excedeu-se para o melhor.
ResponderExcluirA poesia é uma sobrevivente do tempo...
ResponderExcluirÉ meu caro, a poesia em último caso é aquele último olhar antes que tudo se acabe.
ResponderExcluirbacio
A poesia liberta.
ResponderExcluirBeijos!!!
Reforçaste o que eu disse no "Insepulto", vencedor do V Concurso da FECI e que publiquei no meu blog. E com quanta propriedade! Somos, no mundo, aqueles que tentam segurar a lamparina por sobre o mar que nos afoga. Concordas e não te sentes assim, de vez em quando?
ResponderExcluirAh, gostei especialmente da última estrofe, apesar de eu desejar o contrário, percebo que com a maioria das pessoas é isso.