Quando digo que o ritmo de destruição ambiental é catastrófico, sou acusado por alguns otimistas de ser exagerado, alarmista em demasia. Infelizmente, meu alarmismo até agora tem se confirmado. Os trechos abaixo, copiei do site de notícias do Uol:
"Cerca de 400 espécies animais e vegetais foram incorporadas à lista das espécies em risco de extinção revelada nesta quarta-feira (17) em Hyderabad, na Índia, onde ocorre a 11ª Conferência das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica, a COP11 - o evento entrou em sua reta final com a presença de mais de 70 ministros nesta semana.
'Não há uma maneira única de medir a decadência da biodiversidade, é complexo, mas a 'Lista Vermelha' é a melhor medida de que dispomos', ressaltou Jane Smart, diretora mundial do Grupo de Conservação da Biodiversidade da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN, na sigla em inglês).
A atualização deste registro de referência inclui 65.518 espécies, das quais cerca de um terço (20.219) estão em perigo de extinção - sendo 4.088 espécies em risco crítico de extinção, 5.919 em risco e 10.212 vulneráveis.
Desde a a última versão apresentada em junho, durante a cúpula Rio+20, mais de 400 vegetais e animais foram acrescentados à lista das espécies ameaçadas. Além disso, dois invertebrados integraram a categoria das espécies consideradas extintas: uma barata das Seychelles e uma espécie de caramujo de água doce."
Um terço das espécies existentes no planeta correm risco de extinção, de moderado a crítico. Um terço! Mais de 20 mil espécies. Mas pior do que isso é o ritmo de extinção. Em 1950, as espécies em risco de extinção limitavam-se a algumas dezenas. Em pouco mais de 60 anos saltamos de dezenas para dezenas de MILHARES. A doença do planeta agrava-se rapidamente, no entanto, estamos seguros de que percorremos, como civilização, o caminho correto.
Existem atualmente espécies de plantas e de animais cujo número de espécimes vivos e em liberdade no planeta não chegam a 30. TRINTA! É o caso de espécies de palmeiras e de lêmures de Madagascar, e dois primatas brasileiros.
Calcula-se que cerca de 150 espécies de seres vivos são extintas TODOS OS ANOS. Para alguns, isso pouco interessa. Para mim, é de uma profunda tristeza.
(Acima, o Lobo da Tasmânia, um dos primeiros animais extintos pelo homem. O último espécime morreu em 1936.)
Eu prefiro chamar esse rapazinho da foto de tigre-da-tasmânia por causa das listras. Quero muito conhecê-lo de perto. Então estou torcendo para conseguirmos recriá-lo a partir de seu DNA. Abraço!
ResponderExcluirIncorporam-se 400 novas espécies numa lista de extinção e ainda há pessoas que dizem que somos alarmistas em demasia? Ah! Qual é o número capaz de surpreendê-los e alarmá-los? Vão esperar essa quantidade quadruplicar pra se atentarem a catástrofe ambiental?
ResponderExcluir