23 setembro 2012

Não Disse


entre um
sim
e um
som
silêncio
segredo
entre um
nada
e a calma
nada
se abala
nem nunca
que passa
entre
um sol
e sonata
o sempre
se alaga
e um verso
vazio
de nada
de adaga
ao longe
ao largo
ao vago
se sangra
em adágio
de água
que pedra
nenhuma
perturba
ou afaga
nem nada
(a)tinge
no lago
sereno
de selva
tranquilo
de sopro
distante
que nada
infringe
se sábio
se silvo
serpente
se sonho
se esquece
se fogo
se ascende
e ao fim
eu não disse
nem algo
nem vale
nem nada

2 comentários:

  1. Este poema
    que chamo de fio de espada
    são cortantes e mordazes
    no fim dizem
    que não dizem nada
    mas dizem muita coisa
    são versos amolados
    e tem um ritmo
    constante: Quintana e o poeta
    Binho são amantes desta forma.

    poema mui belo

    Luiz Alfredo - poeta

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