05 julho 2012

Três Críticas Rápidas aos Prostitutos da Escrita

I

há os que a pulso
e lâmina
julgam abrir estrada...
mas nem podem
com o próprio punho
da pena
ou da espada

II

creem que criaram coragem
com a palavra
dada...
mas lá vão eles
pro...fundos
do nada

III

os que se unem a inimigos
(ou a amigos de rabo...)
até obtêm
a futilidade da (in)glória

mas a quem luta sozinho
a própria derrota
é a mesma vitória

4 comentários:

  1. Como sempre, muito bom Reiffer.
    Na artéria, na veia!

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  2. Com sou prostituto da poética
    uma puta velha
    agora estou velho arrisco até um soneto
    um poema absoleto
    me classifico em todos os itens
    pois na poesia já fiz de tudo:
    até poesia amorosa
    só não uma bela poesia
    hoje estou entregue ao lirismo
    mas fiz poema com a alma
    com as vísceras
    com fumo e absinto
    andei pendurado no rabo
    de grandes poetas
    mas o dorso daquele poeta
    de metáforas profundas
    me afogou as narinas
    em mares de ondas revoltas
    era apenas um poeta
    de versos pobres platônicos
    mas o inseto azul
    me fez um pobre poeta
    a perambular pelos versos

    mui lindo poeta

    Luiz Alfredo - pobre poeta

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  3. Muito bom Reiffer! Fiquei a repensar sobre essa coisa da escrita. bjss

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  4. Meu querido...E que punho afiado que tens...! Ótimo poema.
    abraço e ótimo fim de semana!

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