14 março 2012

Da Destruição

o que será
será quando o é deixar de ser
e ponto.
fazer-se tabula rasa
e brasa
da lavoura que deu em nada
e plantar do nada
a próxima lavra

já dizia Picasso
que criar é destruir no antes
limpar o terreno
para plantar-se um outro outro
que será pleno
quando houver
e quando ouvir
o que for som de adiantes

tempestade que varre o que é tarde
teu cheiro que sim sem alarde
joga ao não o que já (outra) era

tempestade que é o vir do que espera...

a destruição é a mão do que há-de
e há de surgir uma outra
outrora de (human)idade

4 comentários:

  1. Muito bem feito. Gostei do poema, Reiffer. Sendo você, um grande escritor, me senti muito feliz com sua visita em meu blog. Obrigada! Beijos.

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  2. (des(cons)tru)(i)(ção)

    Das!
    Várias formas (in)formais.

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  3. dejar de ser, tal ves sólo le importe a uno mismo, pero con eso me basta.

    Saludos

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  4. nossa, poema excelente!

    porque sou cria das tempestades, destaco este verso: "tempestade que é o vir do que espera..."

    mas o poema todo é perfeito, como a mão da destruição que traz o outro começo

    abraço pra ti

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