11 outubro 2011

Marcha do Ocaso Perdido

além daquele eternus
sonhava um sol...

a céu que não descia
pairava um mas

aquém do verde negro
loucura em vão

azul velado em nuvem
cigarro à cruz

um álcool lento a lento
do que mais fiz

um vento em mão há Brahms
e um deus não vou

fumaça em lança estrela
gritar sem som

desejo insana a vida
fracasso e luz

sentir venena a rosa
tristeza o sim

há noite alenta espera
do que não sou

amém duele infernus
sonava um não

9 comentários:

  1. Você usa as palavras sabiamente e com um efeito muito bonito.
    beijos

    ResponderExcluir
  2. Intenso, estranho, profundo, contagiante... Adorei! bjos

    ResponderExcluir
  3. Um poema que nos desconcerta, excelente uso das palavras e do ritmo. Abraço!

    ResponderExcluir
  4. Gostaria de saber arrumar as palavras assim, com todos os sonhos, com esse desenho

    ResponderExcluir
  5. Eu gosto do efeito desses teus arranjos, sabe? Gosto mesmo.

    Um beijo.

    ResponderExcluir
  6. Muito bom esse título e tudo mais. Causa uma reação de frio na espinha, como acontece quando escutamos certas canções.

    ResponderExcluir
  7. que lindo Al Reiffer! Uma batida, um contra-ponto muito diferente, mas tem ritmo. Lindo querido!Um beijo.

    ResponderExcluir
  8. EXCELENTE, REIFFER!

    Pode-se ler de qualquer forma. Alternando linas e como um palíndromo.

    Um efeito muito bonito!

    Parabéns!

    Beijos

    Mirze

    ResponderExcluir