o tudo que perdi foi a qual onde?
em que céu planam os planos do meu céu?
e que som vingará do que foi meu
desta música que ao meu alto esconde?
mas da minha alma nunca cala a fonte
nem a voz que em silêncio prometeu...
há no que finda o erguer desse troféu
e um olhar desde o barco de Caronte...
do que morri retiro minha espada
do que não fui eu sagro o meu maldito
há uma águia que se oculta entre o meu nada
e um nada que me águia ao infinito...
há uma flor que de si mesma se escada
deste horror que do meu alto eu te escrito...
Olá
ResponderExcluirOlha, gostei, especialmente dos tercetos. Caronte? legal a rima!
não sei se cabe, mas como disse Fagundes Varela:
"O exilado está só por toda parte!"
té mais
Sensacional! Sublime, eu diria. Todos os parabéns!
ResponderExcluirSUblime soneto, Reiffer!
ResponderExcluirSenti a solidão cortando o peito.
Beijos, poeta!
Mirze
Caronte também é um solitário, só tem suas moedas e sua barca. Esse é um poema do exílio, quem sabe da morte.
ResponderExcluirMuito bom, Reiffer.
Um abraço.
Soneto que impressiona, imagens intensas e não-convencionais. Excelente! Abraço!
ResponderExcluirPrecioso poema, me encantó.
ResponderExcluirSaludos,
Diana