20 agosto 2011

Soneto ao Tempo


deixa que passe o que de mim se corre
verás então que cada vez mais rápido
cada vez mais o que se bebe ao trágico
é todo um sonho em correnteza em porre...

deixa que esguiche e que de mim se jorre
tudo que sinto ao cada vez mais ávido
verás então que é cada vez mais válido
este meu Fim que a outro Fim socorre...

verás ao não como ocultei meu lago
com som de pulso este meu sim pressago
inundará tudo o que em ti derrama...

o teu dormir eu sempre sou que trago:
quando se dorme o sangue queima em chama
quando se morre um rio de olhar se inflama... 

7 comentários:

  1. Um soneto de imagem bem interessante e original, bem ao teu "dialeto poético". Bem, tenho que me resignar ao posto de estudante de poesia aqui hehe
    No mais, gostei dele todo, pouco menos da chave, mas isso não o diminui em nada.

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  2. NOSSA! QUE LINDOOOOO!

    Um soneto de tirar o chapéu!

    Bravo, Reiffer!

    Beijos

    Mirze

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  3. Gostei tanto desse soneto!Acabo de conhecer teu "livro" e quero ler tudo com calma; por hora, parabéns belo jeito de escrever, bom de ler,

    Carmo

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