16 julho 2011

Tua Mão na Minha

não há fácil diante da tua face
não há jeito
o frio da tua mão de paz
silência nas fibras do meu peito...
quando tentei te abandonar
sangrou-me algo como ar
os teus passos
sempre passaram junto aos meus
e eu temo o teu compasso
e o teu ritmo de (as)salto
agarrou-me pelo braço
e vi segredo nos teus dedos
e teu braço nos meus medos...

há sopro e sempre
pela sombra dos teus olhos
e doce éter este dos teus óleos
que se derrama no meu nunca
e violinam na minha nuca
és nuvem em violino
clara
e saltos no meu destino
alma
quando tentei faltar-me o céu
névoa subiu-me aos lábios
meus sentidos coronários
estão em ti há a(s)cender
e ocultaste no que me pulso
que Deus é o sempre Ser.

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