14 maio 2011

Prenúncio de Pesadelo

pensam que não há preço
e pisam no que se passa
mas passam como não fossem
e poucam como passados
e poçam no que é sem pressa

pensam que há mais prazos
mas pendem como desprezos
presas das próprias pistas
presos aos próprios passos
pingos de perda e podre

pensam que não há peso
mas patos em pretos pastos
postos a perdas plúmbeas
e pensam que não há poços
mas pagam, que são pisados

6 comentários:

  1. UM PRENÚNCIO E TANTO!

    Perfeito, Reiffer, pena que os que pisam não vão conseguir entender.

    Será?

    Beijos, poeta!

    Mirze

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  2. E há os que pendem
    por pensar que não há
    mais prazos,
    porquanto prendem-se
    aos próprios passos...

    Belo e profundo, Reiffer, como sempre.

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  3. Olá Reiffer,
    Como sempre a tua poesia é "dura" e dá que pensar. Mas para que queremos nós o cérebro?
    Que trocadilho e dança de pes!
    Parabéns.
    Abraços com luz.

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  4. Pesos...
    Passos...
    Pedras...
    Postos...

    Facetas humanas que ninguém pode esconder.

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  5. Eu gosto desse jogo de palavras que vc faz e que fica sempre tão bem escrito, pois não é só belo... tem tb conteúdo!

    Adorei!

    Beijos

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