20 abril 2011

Amanhecer (à) Tarde

(a)onde estão (vão)
os teus passos?
(meus laços)
que tantos (folhas de) outonos
deixaram passar aos meus pés
(onde é que tu és?)
onde estão (não?)
os teus traços?
que tantos (sonhos?) estranhos
(de estanhos)
agora cinzaram meus pós
(o que é teu após?)
onde estão os teus vagos?
(tu, vagas?)
demares derrios delagos  
que tanto sedaram meus tragos
(de sede de seda)
e agora selaram-me a sós
(quem é que sabe de nós?)
onde é que (in)pulsa teu dia?
(ah és tão-só (tão só...) melodia)
que tanto tornou-me (tornado) só vento
(é Brahms, Chopin ou olhares?)
teus olhos (in)versos sustento
onde é que hão teus passares?
(pesares...)
(próximo e tanto que afasta)
e tanto sem forma e sem nome...
(que fome...)

já basta.

13 comentários:

  1. Ai que delicia ler teus textos...
    Parece que vou dançando nas palavras!!! É tão gostoso.

    Beijos e excelente feriadao cheio de chocolate pra vc!

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  2. Se surgirem tais respostas, a fome cessará, a sede de seda cessará, posto que é a dúvida, a insaciável dúvida, que sacia.

    Gosto das tuas aliterações.

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  3. ler em um só folego Reiffer..
    forte como sempre!
    beijo e boa Páscoa ..

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  4. REIFFER!

    Um belo poema com vários vértices. Quase um desenho dentro da alma.

    Muito BOM!

    Beijos

    Mirze

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  5. OLá, passando só pra desejar uma feliz Páscoa.
    ...
    Eu quero fazer uma oração que chegue a Ti Senhor
    com meu pesar, minha tristeza deste momento,
    minha particular petição.

    Senhor, abre nossos corações ao entendimento
    da verdadeira Páscoa, nada há de doce na Páscoa.
    ...
    Abraço fraterno.

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  6. Teus versos brincam de esconde-esconde. Ficou lindo.
    Um grande bj querido amigo

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