bombom deixado sobre a mesa
cujo recheio foi comido por carunchos...
panela abandonada no fogão
cuja carne infestaram verdes moscas...
livro pelo canto de uma estante
cujas páginas as traças já roeram...
banheira ocultada em escuro quarto
em cujas águas só os ratos se refrescam...
armário esquecido na cozinha
onde dentro as baratas fazem festa...
eis o coração humano.
(Na imagem, detalhe do lado direito do quadro "O Jardim das Delícias", de Hieronymus Bosch.)
Forte...Abraço, poeta.
ResponderExcluirBem essa sensação que nos acomete muitas vezes.
ResponderExcluirGrande abraço!
lugar abandonado mesmo hein? adorei o poema e essa imagem incrível que vc colocou!
ResponderExcluirBoa semana!
http://artegrotesca.blogspot.com
Hoje especialmente estou com mais ódio por certos corações! Poema perfeito pra amargara essa sensação!!!
ResponderExcluirUm poema bem feito, que diz a verdade!
ResponderExcluirO coração humano: o princípio das dores!
ótimo!!
Bem assim é, muita vez!
ResponderExcluirBem assim!
Muita, muita, muita vez...
Excelentes versos, Reiffer, grande poeta!
Forte abraço da
Zélia
Assim é o coração do homem que morre em vida.
ResponderExcluirBjos achocolatados
Isso me lembrou o meu escritório que foi detonado pelos cupins.
ResponderExcluirVc já leu o conto "Jardim das delícias"?
Nele o autor fala que os olhos de quem vê o jardim pode mostrar o céu o inferno.
Concordo que o coração humano é podre, mas ainda tenho alguma esperança...
bjs
Reiffer!
ResponderExcluirBelíssimo poema onde a humanidade se revela!
Bravíssimo!
Beijos
Mirze
Pois é se for pensar no que somos, as pragas se refastelam.
ResponderExcluirE vc como sempre tornando o feio bonito.