24 fevereiro 2011

Imperceptível

cai lento em sentimento sobre os olhos
óleos do sono imenso e leva embora
ao fecho da hora em véu sanguinolento
olhos do sonho tenso em larga espera
cai como sangue à hora dos avisos
sons de aviso em imensos que tu sentes
cai lento com o sonho impercebido
sangue do que espera entre a hora calma
óleo do sono denso que te tensa
olho que fecha e o sino não percebe
tudo que vem com véu e sangra embora
prenúncio que se vai no que se sina
sono lento que cai no que é humano...

(Nas imagem, o quadro "O Pesadelo", de Füssli)

15 comentários:

  1. gostei do seu blog. estou seguindo
    passa no meu tbm

    um bjãO

    ResponderExcluir
  2. Sempre caio feliz diante dos teus versos fortes, na esperança que eu, um dia, não seja imperceptível a eles.
    Um bj querido amigo

    ResponderExcluir
  3. Essa pintura é impressionante.
    O incubo. O enfrentamento do inconsciente, anjos e demônios. O poema é quase um mantra, Alessandro; lido em voz alta fica ainda mais musical, mais hipnótico.
    É como se o poema e a pintura se complementassem.
    Belo e assustador.

    ResponderExcluir
  4. Meu querido

    Anjos e demónios...o inconsciente na consciência de ser.
    Dirão alguns..."loucura de poeta" mas é apenas grito.

    beijo
    Sonhadora

    ResponderExcluir
  5. MARAVILHA, Reiffer!

    Quantos sentimentos e avisos nos são imperceptíveis, embora importantes!

    Parabéns, poeta!

    Beijos

    Mirze

    ResponderExcluir
  6. Nossaaaa !!!
    Que escorrer do sono mais poético !
    Bem profundo, bem difícil de se interpretar !
    siga-me que estou te seguindo ! ( please )
    valeu !

    ResponderExcluir
  7. Uau! Sufocantemente belo... ufa! Terminei o poema já sem ar...

    Beijos querido. :)
    Lindo fim de semana pra vc!

    ResponderExcluir
  8. Bonito ritmo e encadeamento do poema, trazendo o sono o sonho a inconsciência o distante e quase imperceptivel temor.
    Gostei
    beijos

    ResponderExcluir