26 janeiro 2011

Ainda Sobre o Hospital (e-mail enviado ao jornalista Júlio Prates)

Caro Júlio:

Agradeço as palavras a mim dirigidas.  Estou no meu direito e no  meu dever de criticar e denunciar uma negligência da qual a vítima foi meu avô, é o mínimo que posso fazer por ele depois de tudo o que ele fez por mim.   Havia um médico responsável no caso do meu avô. O HCS tem a obrigação de saber quem é, pois meu avó paga, há anos, o plano de saúde, eu não necessito citar seu nome. Mas esse médico responsável não estava lá. E pior, estava incomunicável. E só foi aparecer na manhã do dia seguinte, ou seja, quase 24h depois da internação. Disseram no HCS que como o médico responsável era tal, não podia haver a troca de médico, até que o responsável viesse ver meu avô. 

Diga-me se essa burocracia absurda, vergonhosa e cruel é algo que se faça com um ser humano? Com um cliente do hospital? Não se faz isso nem com quem vai comer uma pizza. Quem vai comer uma pizza, pode esperar quase 24h para que ela venha? E se não há garçom, não tem o direito de pedir outro? Os clientes não têm direitos? Isso não se faz com quem espera por uma pizza, mas se faz com quem espera por sua própria vida?  E isso é culpa do hospital, independente da culpa do médico. E se meu avô viesse a falecer durante esse período? É um caso isolado? Olha, sinceramente, tenho fortes dúvidas quanto a isso... Mas ainda que seja, é uma negligência imperdoável. E, em nome do meu avô, eu não perdoo.

9 comentários:

  1. Não é fácil essa burocracia que existe em hospitais e em tudo. O marido de uma amiga morreu por negligencia e ela levou 12 anos na justiça para receber 10% da sentença. Imperdoável!
    bjs

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  2. Meu pai teve um AVC dentro de um CTI de um hospital particular conveniado a um plano de saúde que pagou sem usar durante 12 anos.
    Ele estava repousando em um CTI, para precaução e, nunca mais foi o mesmo.
    Eles me deram um laudo dizendo que isso aconteceu e eu ia processar, entretanto meu irmão perdeu...
    Esse ano ele morreu, descansou, mas podia não ter passado por nada se estivesse em um hospital sério!

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  3. "...diz o povo, apavorado,
    que ali, entre 'rolos' e 'mochas',
    a anarquia corre frouxa
    que nem palanque em banhado!"

    Há tempos atrás, um conhecido meu faleceu nesse hospital, no corredor, atirado à sorte como um cachorro sem dono, padecendo por três horas a fio, até finalmente encontrar o desconhecido de além-vida, por conta do acidente automobilístico que sofrera.

    Ali tudo se norteia por uma única diretriz: a monetária.

    Lementavelmente, o seu libelo sofrerá toda sorte de tentativas de silenciamento pelo looby corporativista da classe médica que, ao lado daquela outra, a do direito, são campeãs de hipocrisia que buscam lograr, sempre, proveito próprio, em detrimento da sociedade a que, falsamente, dizem estar a serviço.

    Infelizmente, para grande parte das imundícias que formam essa classe "defensora da vida" eu, você e o seu avô somos bem menos importantes que o gado de elite que povoa as invernadas desses tão conceituados expoentes da nossa sociedade...

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  4. Olá Alessandro....desejamos sinceramente as melhoras do teu avô....que tudo corra bem!
    Um abraço, amigo!!

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  5. Olá Alessandro....desejamos sinceramente as melhoras do teu avô....que tudo corra bem!
    Um abraço, amigo!!

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  6. Até quando vai essa pouca vergonha de brincar com a vida das pessoas que não são da mesma panela deles?Infelizmente o hospital de "caridade" de Santiago deveria ter o slogan:HOSPITAL DE NEGLIGÊNCIA E INCOMPETÊNCIA DE SANTIAGO.

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