04 dezembro 2010

Miniconto-Poema de Febre

eu sinto o cheiro da tua voz de almas
entre palavras que não mais existem
só digo aquilo que não tem sentido
a ver se toco o meu alado cravo
ali morri como se fosse um lobo
e do sedento eu me acenei teus olhos
estava lá ao nunca mais cantando
por entre abismos de um planeta doente
mas foi no sim que pressenti teu verde
porque a pintura me esqueceu sonhando...

fiz uma história em doze versos-febre:
não tenho culpa se não me entendeste...

8 comentários:

  1. A.,
    não é muito fácil escrever sobre a morte, o fim, o nada e seus cheiros e sensações, sem descambar para a morbidez. Talvez seja isto que me chame a atenção em sua escrita. Não sei avaliar como faz sem 'sequelas' ou se escrevendo sobre o fim, você não se esvazia dos temores da finitude...
    Mas você consegue escrever sobre este tema como muita naturalidade e sem aliciamentos.

    grande abraço

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  2. És realmente um mago das palavras, este verso é sublime: "eu sinto o cheiro da tua voz de almas"

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  3. REiffer!

    Um máximo de mini-conto!

    Beijos, poeta

    Mirze

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  4. Perfeito, meu querido!
    Perfeito!
    Gosto demais do teu estilo, do clima assim, mais ou menos noir, que encontro aqui.

    Grande abraço, A.

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  5. Me senti mais ou menos assim esse ano, sei do que está falando

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  6. Tuas palavras sempre me causam sensações indescritíveis. Sinto a febre me invadir e durmo pensando.
    Um bj querido amigo

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  7. Reiffer!

    Acabei de comprar seu livro. Pena que não venha autografado.

    Já sei que vou amar!

    Beijos

    Mirze

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