Tu
cujo Nome não me é dado distinguir
nem dizer-me mesmo a mim
faz que eu esteja sempre atento...
ao não e ao sim
além do máximo que me for possível
faz que me seja óbvio o que é óbvio
e uma antena oculta ainda que trágica
além do trágico do que é invisível...
faz que não me escape nem o nada
nem o mínimo movimento que se esconde
e que eu sinta o todo o onde o cada
o que não pode o que não há o que não veja
como a presa percebe a cobra
como a cobra pressente a presa
que eu esteja
em cada pulsar de veia
em todo sinal que vibre
como o tigre persegue a presa
como a presa se esquiva ao tigre
faz que eu capte o gesto e a íris
o dilatar-denúncia da pupila
o sonho o vago o sem-saída
o sorriso amarelo da esperança
o falso sol em ouro que me brilha...
faz que eu esteja sempre atento
ao sangrar do crepúsculo do tempo
ao que está aqui fora
e mais ainda
ao que está lá dentro...
Meu querido Poeta
ResponderExcluirSimplesmente belo...o fim do fim.
faz que eu esteja sempre atento
ao sangrar do crepúsculo do tempo
ao que está aqui fora
e mais ainda
ao que está lá dentro...
Beijo
Sonhadora
Maravilhoso...
ResponderExcluirBjos achocoaltados
Simplesmente maravilhoso, meu querido!
ResponderExcluirLindo, emocionante, feito de sensibilidade pura.
Parabéns, Poeta!
Abraço trespassado de admiração
Uma oração ou um grito.
ResponderExcluirParece o último lampejo de um niilista, num apelo invertido, pelo que lhe resta em meio aos tantos nadas.
Belo, triste e complexo, como todo fim.
Fascinante, Reiffer!
ResponderExcluirUma oração que o mundo que padece merece ouvir e não só, seguir esse exemplo de atenção que você sempre demonstra para com tudo!
Um forte abraço!
Mirze
Muito lindo, adorei. =)
ResponderExcluirAbraço!
E eu estou sempre atenta a sua arte!
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