quem disse que não podeis descer?
qual vazia ditadura oculta mentiu
que esgotou a imensidão dos vossos mares?
quem disse que não podeis brotar?
acaso aterraram o fundo de vossos lagos
ou aprisionaram as nuvens das vossas névoas?
quem disse que não podeis correr?
que mão fútil frívola supérflua
quis pôr um dique nas correntezas dos vossos rios?
quem disse que não podeis sulcar?
sulcar a terra da Terra inteira
com os vinhos dos vossos sangues
com os sangues das vossas águas?
quem disse que não podeis chorar?
minhas glândulas lacrimais
que o após do pós-modernismo
não conseguiu extirpar?
Lágrima imperatriz do profundo!
vós sereis o líquido mais puro
que restará sobre a finitude do mundo...
Meu querido
ResponderExcluirComo sempre profundo.
Lágrima imperatriz do profundo!
vós sereis o líquido mais puro
que restará sobre a finitude do mundo...
Será apenas o que resta...
Beijinhos
Sonhadora
Inefável!
ResponderExcluirTão prazeroso sorver seus pensamentos em letras. Eleva a alma, me faz muito bem passar por aqui e ver grandioso talento.
ResponderExcluirParabéns sempre.
Beijos sangrentos da vampira Laysha.
Nossa Reiffer!
ResponderExcluirUm poema e tanto! A lágrima é sim o líquido mais puro. Mas a beleza do poema está no todo.
Arrepiante!
Abraços
Mirze
Só queria saber porque tem que ser 20%
ResponderExcluirO poema escorre, e percorre cada sulco.
ResponderExcluirBelo escrito!