26 setembro 2010

Palavras de Paz

não se pode ludibriar um poeta
com os símbolos das palavras
porque só ele conhece a todos:
poeta é o que sabe os significados perdidos...
quem tem olho que vê o fundo do escuro
não se engana com o brilho fácil das luzes
quem tem íris que capta o negro da noite
não se engana com o sonho fácil das cores...

acima das plumas brancas da esperança
paira a sábia asa-sangue do abutre
e a firme garra impiedosa do gavião...

os melhores vinhos trazem as trevas da morte
e os piores raios brilham como as luzes do dia...

e há tanta paz no olho do furacão...

7 comentários:

  1. Poeta: olhar de lâmina, palavra em riste.

    Lindo poema!

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  2. lindo, trágico, crítico...

    sem palavras.

    http://terza-rima.blogspot.com/

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  3. Obrigada por visitar meu cantinho e pode voltar lá sempre que sentir vontade, será um prazer recebê-lo.
    Você escreve muito bem!
    Tenha uma semana de paz!
    Abraço

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  4. intenso, sombrio e envolvente... perfeito como sempre... beijos

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  5. Fantástico, Reiffer!

    As luzes da escuridão são as que mais guiam.

    Beijos

    Mirze

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  6. Sou ávida leitora mas tímida para comentar. Vim lendo seu blog do início, e aqui tive que parar para um respiro. Este foi a gota d'água e tirou meu fôlego, ainda que esteja mais interessada que nunca.
    Até breve!
    :)) Muito bom!

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