como o líquido negro do café
que escorre dos vales da minha urgência
sonho que um vinho vive em meu passo à beira...
sou daqueles que passam às margens do tenso
no passar em seus três sentidos
e sempre um símbolo de humanidade morta
despenca-me tumularmente furiando
a cada lágrima que em teus cílios convulsiona-me
um sei que se apaga no morrer-do-sol
durmo como dorme a lua febre
envelhecida pelo fumo de um cigarro
só não dorme o que vulcanicamente pulsa
na pele sonâmbula do sentimento
em finais derramamentos de violinos ocasos
ao Fim da História...
durmo após o mundo
no pânico do ansiamente em charme
para acordar nos roxos abraços
dos sangues do que deve abraçar-me...
Há de algo de estranho nestas tuas linhas que ao mesmo tempo perturba e encanta... Sabes realmente mexer com a magia das palavras. Abraço
ResponderExcluirDe fato, algo absolutamente estranho, e absolutamente lindo. Como um mundo fronteiriço entre estar dormindo e estar acordado .
ResponderExcluir"durmo após o mundo"
ResponderExcluirDepois disso, fiquei entregue.
Perfeito!
quatas belas imagens nesse poema... um lado soturno do sono...
ResponderExcluirhttp://terza-rima.blogspot.com/
"perturba e encanta"... Não saberia definir melhor!...
ResponderExcluirGosto de ler-te... simples assim ;)
... E tal como a cafeína excessiva no poema, leio-te sem pestanejar!...
Beijos =)