21 agosto 2010

... da Arte

os cintilares venuscêntricos das flores
extirpados pelas foices das queimadas
foram magos fulgurar no intocável
da tua aura:

nem tudo foi despido...

as sinfonias enigmáticas das aves
amordaçadas pela censura das lavouras
foram altas concertar no indizível
da tua voz:

nem tudo foi ferido...

os infinitos astrocósmicos dos céus
enfumaçados pelos vapores do progresso
foram claros refletir pelo intangível
dos teus olhos:

nem tudo é esquecido...

os sentimentos arquetípicos dos seres
estrangulados pelo vazio dos nossos tempos
foram vivos sublimar pelo inefável
da tua alma:

nem tudo está perdido...

5 comentários:

  1. Sempre tão cheio de sentimentos...é bom pensarmos que nem tudo está perdido!
    Parabéns!bjssss

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  2. Seu lirismo tem uma força intangível!

    Beijo.

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  3. Meu querido Poeta
    Ler a tua poesia é ir ao infinito, eu adoro.

    Beijinhos
    Sonhadora

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  4. Olá, como vai? Inicialmente,agradeço sua visita e devolvo o elogio: belíssimo seu blog. Parabéns!!Quanto ao seu poema, um primor de construção.
    Lindo e intenso.

    E.T. Reiffer, estou chegando ao seu blog e vi que você tem um livro publicado.Meus cumprimentos.
    Publiquei um post sobre livros, que serviu de gancho para recomendar alguns amigos escritores e homenagear um leitor querido que lançou ontem seu livro eletrônico na Bienal de São Paulo. Vou acrescentar seu blog, tá?

    Um abraço
    Lau

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