“a Alma está morta.
fomos nós que a matamos.”
por isso o mundo vai de vento em popa:
vento de tempestade
em popa que ao mar se parte...
agora
viver é naufragar
cair como pedra vaga no vazio da água
baldes de ossos atirados nos poços
gelos de sangues abismados nos tanques
lágrima-riso cimentada em granizo...
não chora, humanidade, não chora
quem está morto não chora...
há que ser dura como a terra seca
na hora em que fores embora:
assim seja
de nada vale
a miséria da minha tristeza...
que nada mais em nós vibre
há que ser frio
como a fervente saliva do lobo
e como o fogo
do olho do tigre...
Magnífico! Como sempre...
ResponderExcluirtocou o meu luto, incrível..
ResponderExcluirParabéns pela intensidade das palavras!
ResponderExcluirte sigo aqui!
Incrível, adoro seus poemas!
ResponderExcluirBeijo, bom fim de semana.
Incrivel...
ResponderExcluirBjos achocolatados
Reiffer!
ResponderExcluir"Quem está morto não chora"
Matamos a Alma, a terra, somos pedras mesmo!
Intenso e verdadeiro!
Bravíssimo!
Abraços
Mirze
Se agíssemos como o lobo ou o tigre, ou como outro animal qualquer, hoje não teríamos tanto a lamentar.
ResponderExcluirUma poesia sombria e bela, seguindo seu estilo singular.
Um fds do jeitinho que vc espera que seja.
Beijos.
Corvos no Campo de Trigo, especialmente o detalhe que ilustra o cabeçalho do teu blog, talvez seja um dos momentos mais expressivos da pintura de todos os tempos. A mais pura poesia que oscila entre a luz e a escuridão.
ResponderExcluir"Não chora quem está morto, não chora"
ResponderExcluirAssim caminha a humanidade ao precipício do sem fim...
"cair como pedra vaga no vazio da água"
ResponderExcluirgostei muito deste verso!
talvez eu roube pra mim, rsrsrs brincadeira!
escrevendo bem como sempre!
abraços
o final de seu poema é de uma rara beleza.
ResponderExcluirsó o final, obviamente não, mas o quadro todo.
inspirador!
http://terza-rima.blogspot.com/
A segunda estrofe é a visão de um presente dantesco do ponto de vista espiritual.
ResponderExcluirE o poema, um réquiem para a alma coletiva do mundo. Confutatis. Pessimista em imagens intensas.
Abraço.
Quando a alma está morta...
ResponderExcluirsó existe a...
inexistência de sonhos...
de dor...de alegria...
beijos
Leca
oi, sou amigo do mensageiro obscuro,
ResponderExcluirvi que ele ofereceu a vc o selo do Prêmio Dardos e resolvi ver seu blog, adorei seu estilo.
Aparace lá no meu
http://otaviomsilva.blogspot.com/
Forte Abraço.