17 julho 2010

do Perfume

o perfume dos novos tempos:
sem fadas e sem palmas
horrores onde minhas narinas deponho
longínquas de inocências de criança...

só o miasma dos cadáveres das almas
flatulências fermentadas do teu sonho
e o fedor da carniça da esperança...

11 comentários:

  1. as flores dos novos tempos ganham aromas fétidos muito facilmente.

    ResponderExcluir
  2. A podridão de pensamentos e sentimentos contamina a vida...
    Bjos achocolatados

    ResponderExcluir
  3. Muito profundo este poema, vai além das palavras.

    Beijinhos
    Sonhadora

    ResponderExcluir
  4. Perfume...
    Olor...
    Odor...
    e a vida...
    ainda continua...

    Perdidamente...
    Poesia de Florbela Espanca

    Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
    Do que os homens! Morder como quem beija!
    É ser mendigo e dar como quem seja
    Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!

    É ter de mil desejos o esplendor
    E não saber sequer que se deseja!
    É ter cá dentro um astro que flameja,
    É ter garras e asas de condor!

    É ter fome, é ter sede de Infinito!
    Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
    É condensar o mundo num só grito!

    E é amar-te, assim, perdidamente...
    É seres alma, e sangue, e vida em mim
    E dizê-lo cantando a toda a gente!

    ResponderExcluir
  5. Se eu disser que assim penso, mentiria. Então comprovo:

    "Alimento-me de tudos e arroto absurdos. E digo que crueldade é se putrefar sem ao menos morrer."
    (Liene em Sobre vôos)

    Esses odores mexem comigo.

    ResponderExcluir
  6. Reiffer!

    Profundo e verdadeiro, está presente em nossas vidas, no "aqui, agora".

    Perfeito e reflexivo!

    Parabéns, poeta"

    Beijos

    Mirze

    ResponderExcluir
  7. De acérrimo pessimismo. Ou seria realismo?

    Abraço.

    ResponderExcluir