A seguir, os versos proféticos de Augusto dos Anjos. Os versos proféticos de Augusto dos Anjos. Os versos proféticos de Augusto dos Anjos... Na imagem que acompanha o poema, o quadro "O Grito" de Edward Munch.
Apocalipse
Minha divinatória Arte ultrapassa
Os séculos efêmeros e nota
Diminuição dinâmica, derrota
Na atual força, integérrima, da Massa.
É a subversão universal que ameaça
A Natureza, e, em noite aziaga e ignota,
Destrói a ebulição que a água alvorota
E põe todos os astros na desgraça!
São despedaçamentos, derrubadas,
Federações sidéricas quebradas...
E eu só, o último a ser, pelo orbe adiante,
Espião da cataclísmica surpresa,
A única luz tragicamente acesa
Na universalidade agonizante!
Meu querido poeta
ResponderExcluirUm poema profético...futurista e talvez actual no momento presente.
beijinhos
Sonhadora
Lendo e conhecendo.
ResponderExcluirDesconhecido estes versos do Augusto dos Anjos. Do Augusto do Anjos. Do Augusto. Dos Anjos, agora.
Com amizade, Reiffer.
Eis meu poeta favorito: Augusto dos Anjos. Esse texto chegou a me lembrar o horror de H. P. Lovecraft.
ResponderExcluirPoeta e pintor são uns dos meus favoritos.
ResponderExcluirTe respondi por e-mail ao seu comentário.
Abraço.
Lembro-me da primeira vez que li Augusto, ha muito tempo... Foi um sinal em minha vida. E foi aí que pensei: Cara, eu vou escrever tbm...
ResponderExcluirClaro que falta muito ainda pra chegar nesse nivel. Mas eu continuo tentando!
Ligação perfeita entre quadro e poema !
ResponderExcluirEis que tal profecia se faz agora e sempre piorará...
Beijos
Leticia Duns.