11 abril 2010

Ameaça

ao sentenciar silente do Ocaso
um vivo silvo de sino
sai pela selva sangrada
como sonata solene e soturna
como sublime aviso seráfico:
o som do sol que se esvai...

é o selo sombrio e sagrado
segredo que se arrasta em sussurros
a morte sutil que se assoma
na saliva universal e simbólica...

silêncio... sente que soa em teu sonho
o sibilar o silvar o assovio
e sinal de sangue e de sono
do ameaçar triunfal da Serpente...

é melhor que tu a escutes...

10 comentários:

  1. Lindo poema...palavras nostálgicas mas de uma beleza profunda.

    Sonhadora

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  2. Aliteração do S sempre nos dá uma conotação saudosista. Bonito poema, apesar da carga pesada. Gosto do seu estilo.

    Beijo.

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  3. Tu escutas? Decerto escutas né... Pois, se ecreves! É a prova de que és dono de singular sensibilidade!

    Um abraço!

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  4. Bom dia!
    Vim conhecer seu espaço se não se importa.
    Belo poema, intenso, marcante.
    Devemos escutar sempre.
    Tenha uma ótima semana.
    Lady

    PS:Ocorreu um errinho e tive que apagar o comentário acima ok?

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  5. como n~]ao ouvir essa valentia de sibilos, de esses se sucedendo?
    muito bom
    Walmir
    http://walmir.carvalho.zip.net

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  6. Concordo com o Leo, quanta sensibilidade neste poema.

    Abs

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  7. "...segredo que se arrasta em sussurro..."
    Segredo de desejo, segredos proibidos...segredos.

    bj

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