Mas da minha alma, Deus, que faço agora,
se mais e mais sou um louco isolado,
se toda esperança é sonho acabado,
se nenhum olho pelo Cosmos chora?
Pois de ocultar-me vejo chegar a hora:
tão somente um coração massacrado
é o que trago caminhando ao meu lado,
é o que te deixo... Sim, devo ir embora.
Exauri as cordas do meu violino
na tentativa de elevar-te além,
na luta insana contra o Gran Destino.
Voto agora ao homem total desdém
e uma carta a um corvo em febre eu assino
na Noite quieta que matar-nos vem...
Que sombrio, está.
ResponderExcluirFortes versos! O que impressiona em teus poemas é que consegues ser sombrio e trágico sem nunca deixar de ser belo.
ResponderExcluirAndré Vieira
Belíssimo poema! Bem como o blog inteiro!
ResponderExcluirParabéns!
abraço,
Daisy
PS: como faço para adquirir o seu zine impresso?