a final melodia que mais criei
é mais triste que tudo que crio
que é a melodia que não criei
que melodias não rio
mas melodias finais
é tudo que faço
e traço
fracasso
que não crio tudo que faço
só o que é cada vez mais trágico
e escuro
só traço o final mais puro
o estrago
a melodia que for mais triste
que é claro
não existe
e o final que for mais duro
e trago
o vinho que for mais largo
de cansaço
amarguro
e de sangue
na desgraça do braço
em pulso
foi com ele que (al)cansei o laço
errado
onde ando arrastando
o rastro
ondeando em vão
para lassar teu astro
na minha passada de vasto
em passados abraços
de finais e últimos
(com)passos...
Até na tristeza pode haver beleza
ResponderExcluirBelo!!!!!!
ResponderExcluiradorei!!
abraço
Um poema de incrível construtividade e de intensos sentimentos!
ResponderExcluirAndré Vieira
[que elegante a palavra que se equilibra no trapézio do vento anónimo]
ResponderExcluirum imenso abraço
Leonardo B.