Publico, conforme anunciei na postagem do dia 28/12/09, o segundo da série de 14 sonetos de Passos da Cruz, de Fernando Pessoa. Semana que vem, o 3º soneto.
Passos da Cruz - Soneto II
Há um poeta em mim que Deus me disse...
A Primavera esquece nos barrancos
As grinaldas que trouxe dos arrancos
Da sua efémera e espectral ledice...
Pelo prado orvalhado a meninice
Faz soar a alegria os seus tamancos...
Pobre de anseios teu ficar nos bancos
Olhando a hora como quem sorrisse...
Florir do dia a capitéis de Luz...
Violinos do silêncio enternecidos...
Tédio onde o só ter tédio nos seduz...
Minha alma beija o quadro que pintou...
Sento-me ao pé dos séculos perdidos
E cismo o seu perfil de inércia e voo...
A Primavera esquece nos barrancos
As grinaldas que trouxe dos arrancos
Da sua efémera e espectral ledice...
Pelo prado orvalhado a meninice
Faz soar a alegria os seus tamancos...
Pobre de anseios teu ficar nos bancos
Olhando a hora como quem sorrisse...
Florir do dia a capitéis de Luz...
Violinos do silêncio enternecidos...
Tédio onde o só ter tédio nos seduz...
Minha alma beija o quadro que pintou...
Sento-me ao pé dos séculos perdidos
E cismo o seu perfil de inércia e voo...
(na imagem, o quadro "João Batista" de Leonardo Da Vinci)
Belissimo!!!!!!!!
ResponderExcluiradorei !!
Seu espaço é muito legal....
Já tô seguindo!
Abraço e Feliz 2010!
Ah, esses sonetos! Tenho uma paixão por Pessoa. Poeta da alma e dos vários "eus". Que bom que está publicando estes sonetos! Teu blog é um encanto. Vejo também que somos colegas de profissão, que bom isso! Obrigada por acompanhar meus texto e pelos comentários.
ResponderExcluirUm abraço
Maravilha!
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