os caninos expostos do Tigre
brancos como a morte
a gotejar saliva
inabalável para o bote
a um passo
de estraçalhar a presa
labaredas expostas do Fogo
rubras como a morte
a gotejar inferno
inextinguível para o incêndio
a um metro
de aniquilar mansões
tempestades expostas da Nuvem
negras como a morte
a gotejar catástrofe
interminável para o raio
a um minuto
de devastar cidades
assim
se deve escrever...
brancos como a morte
a gotejar saliva
inabalável para o bote
a um passo
de estraçalhar a presa
labaredas expostas do Fogo
rubras como a morte
a gotejar inferno
inextinguível para o incêndio
a um metro
de aniquilar mansões
tempestades expostas da Nuvem
negras como a morte
a gotejar catástrofe
interminável para o raio
a um minuto
de devastar cidades
assim
se deve escrever...
As fortes e arrebatadoras imagens deste poema levam a uma conclusão inesperada que justifica estranhamente o título. Uma obra perfeitamente construída.
ResponderExcluirAndré Vieira
ResponderExcluirBelas (como as labaredas) e incisivas (como os caninos do tigre) metáforas.
ResponderExcluirBelíssimo!
ResponderExcluirbravo!
cada vez que venho aqui me assusto mais, esse teu jeito de construir, de tecer teu verso é muito sublime!
o fogo, a nuvem, a morte, a catástrofe: o caos! poesia!
tantas imagens e sentidos...
formidável!
Muito bom!
ResponderExcluirDe uma olhada num poema do maior ecritor gaucho de todos que eu postei no meu blog!!!
Abraço!
Agora sim, maravilha, maravilha! Atualizei o blog lá, uma homenagem a Lacan. Abraço!
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