Alguns acham que o jornalista Lasier Martins pegou pesado com o deputado Marco Peixoto. Eu não acho. Acho que ele fez os questionamentos que deveria fazer, foi insistente como qualquer gaúcho que queira saber a verdade. Eu sim teria pegado pesado se fosse o entrevistador. Teria dito, entre outras coisas, que não é a primeira vez que o deputado é acusado ou suspeito de alguns envolvimentos excusos. Teria perguntado por que ele não assinou a CPI. Se não há o que temer, deixa investigar.
Teria dito também que naquela gravação onde o deputado dialoga com um senhor do qual esqueci o nome, ele não parece tão bom moço quanto na entrevista do Lasier Martins... Na entrevista, para a qual ele foi preparado, soube se defender muito bem, bons argumentos, o que faz dele um ótimo conquistador de votos: sabe argumentar bem (e tem dinheiro...). Mas é como eu já disse aqui: o Diabo também sabe argumentar maravilhosamente. Já na conversa da gravação, vemos o deputado Marco Peixoto um tanto quanto... malandro. Não acharam? Claro que a gravação não prova nada. Mas que deixa suspeitas, ah isso deixa... Contra o Sarney também não provaram nada que o tirasse do governo. Mas todo mundo sabe que ele é culpado, até o presidente, que frequentemente gosta de afirmar "eu não sei di nada"...
Primeiro que o deputado Marco foi falar com a governadora na companhia do Otávio Germano, logo por quem há mais suspeitas e, segundo as investigações, seria o mais comprometido com a fraude do Detran. Depois, o deputado Marco fala na gravação com um tom tão de sem-vergonha... Cá entre nós, não acharam o deputado Marco com jeito de culpado naquela gravação? Eu achei. Isso não quer dizer que ele seja (embora eu ache que é), mas está aí a CPI para provar se ele é ou não, bem como os outros envolvidos. Mas provavelmente a CPI não vai dar em nada. A bancada aliada já infestou a CPI com o propósito de acabar tudo em pizza. É até uma falta de hombridade não comparecer para ouvir as gravações. Uma falta de coragem. Gaúcho que se preze nunca foi de fugir da briga (falando nisso, deixo um poema meu abaixo, em homenagem atrasada à semana do gaúcho). Pena que a governadora não é gaúcha. Inclusive fez fiasco na Semana Farroupilha. Mas isso já é outros quinhentos... Ah, e falando na Yeda, tem uma gravação lá onde um cara diz que 11% era para a governadora e para seu ex-marido. Hehe, só 11%, governadora? E para dividir com o marido ainda? Se eu fosse governador exigiria uns 30%, no mínimo. Mas a Yeda sim é uma boa moça, nada gananciosa. Já eu, eu não presto.
Mas, por enquanto, eu só queria saber que negócio tão bom foi aquele que os deputados Marco e Germano fizeram com a governadora... Diz aí deputado, só pra Santiago, ninguém vai espalhar na capital. Não esqueces que tu és só um representante, é empregado dos santiaguenses. E empregado deve satisfação ao patrão. A gente também quer a nossa parte da negociata...
Encarnado
no espírito do gaúcho
há o lenço encarnado...
mas se não há força
mas se não há luta
se não há combate
se não há coragem
não há espírito algum
encarnado no lenço
no espírito do gaúcho
há o lenço encarnado...
mas se não há força
mas se não há luta
se não há combate
se não há coragem
não há espírito algum
encarnado no lenço
Marco Peixoto e de Yeda Crusis... Li a notícia a respeito da formação de uma possível quadrilha, mas confesso não estar por dentro de todos acontecimentos que li aqui. Ambos são pessoas com alto grau de instrução, o que na verdade quando mal direcionado só representa perigo aos não críticos.
ResponderExcluirGostei de sua crítica, soube ironizar e levantar pontos de maneira sensata.
Bela poesia, sempre tive vontade de conhecer o estado do Rio Grande do Sul.
*dediquei um selo ao seu blog.
Boas perguntas, Reiffer... tomamos a liberdade de postarmos no blog 'O Boqueirão'.
ResponderExcluirAbraço!
Júlio
Prezado Alessandro, tomamos a liberdade de repercutir essa tua postagem no blog 'O Boqueirão', blog 'coletivo', à disposição dos conterrâneos 'que pensam'...
ResponderExcluirAss: Os Editores do 'OB'