13 julho 2009

a um Anjo

ó Tu, Anjo
que quanto menos dizes de ti
mais comigo tu és
inspira-me com teu não-eu
esteja-me em tudo que falto
consiga-me em tudo que falho
conheça-me em tudo que esqueço
que tu sendo tu sou eu

sou eu que ao nunca me lanças
és tu que ergue-me em lanças
aos perigos das alturas da morte
que se assoma como tu te ocultas
e nos surge nas sombrias curvas
nestas curvas que te esquecem todos
nestes finais em que te elevas grave
como o verbo em que vibrei teu nome
além do amar em que filtrei-me o mal
além das forças que ao olhar triunfas...

que as noites sejam comigo leves
e contigo me leves...

5 comentários:

  1. "além do amar em que filtrei-me o mal
    além das forças que ao olhar triunfas.."

    Genial!!
    este anjo talvez volteia os 'gênios' de todos os bons poetas!

    Muito bom teu poema, e o que você diz nele.

    até

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  2. Gosto dos teus poemas pq precisa de atenção pra lê-los, as letras e as sílabas se confundem se a gente lê rápido. Muito bom, Lizandro.

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  3. Realmente lindo! Hipnotizante eu diria..oO as palavras se entrelaçam harmoniosamenete em um lirismo encantador!!! :)

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  4. nossa, esse fim muito ultra romântico, uma surpresa agradável, uma declaração sublime...

    pasma aki...

    Blog Suicide Virgin

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  5. Perfeito, e ainda com um ar musical. Eu estava com saudade de ler teus textos.

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