26 junho 2009

Veneno

eu nada tenho a dizer
a não ser: chegou o Fim
nem um pouco importa a mim
se meu poema é veneno
e se meu poema é um corte
de morte na morte e pra morte

não há mais nada a fazer
o tempo dá um grito e morre
o sangue do amor escorre...
se meu poema é veneno
é de um fantasma catártico:
um trágico em trágico e trágico

nosso destino é morrer
tragando o vinho que espera
nos olhos da ânsia da fera...
sim, meu poema é veneno
licor de rosa indefesa:
tristeza à tristeza: Tristeza

4 comentários:

  1. Esse veneno realmete vale a pena saborear... Lindo poema!!! o/

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  2. "e se meu poema é um corte
    de morte na morte e pra morte"

    grande poema!!
    a tristeza, talvez, seja a musa mais cobiçada entre nós, este clima soturno em teu blog e em tuas obras são únicos!

    permita-me seguir teu blog e 'linká-lo' ao meu

    abraços
    até a próxima

    Espírito

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  3. Um veneno que é pura verve! Devaneios sombrios em belissima composição!!!

    Tânia Souza

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